O Indicador de Bem-Estar Financeiro do Brasileiro baseia-se no modelo desenvolvido pelo Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), órgão americano de proteção ao consumidor, e foi traduzido para realidade brasileira com o apoio de pesquisadores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Dez quesitos são analisados, entre eles o controle sobre as finanças, liberdade financeira, foco e compromisso com os objetivos financeiros e proteção contra imprevistos. É exatamente neste último quesito que brasileiro obtém o menor desempenho. Apenas 10,5% conseguiriam arcar com um imprevisto.
Esse comportamento reflete em outro resultado, o da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que em números totais, mostra que o Brasil tem hoje quase 63 milhões de pessoas endividadas.
Segundo Banco Central, as taxas de juros no cartão de crédito, por exemplo, podem chegar a 645,83% a ano, do cheque especial até 364,82% ao ano e empréstimos pessoais até 1.127,77% ao ano, consequentemente, caso seja necessário usar algum crédito no mercado, paga-se muito caro por esse dinheiro.
Então, a base da construção de uma relação saudável com o dinheiro é ter como prioridade uma reserva financeira, uma vez que uma pessoa com bem-estar financeiro tem a capacidade de honrar as suas obrigações financeiras, sente-se seguro com relação ao futuro financeiro e pode fazer escolhas que lhe permitam aproveitar a vida.
Vale ressaltar eu, independente de como esteja sua situação financeira no momento, sempre é tempo de reorganizar a rota e ser livre para fazer suas escolhas. A educação financeira é o caminho.
Fonte: SPC Brasil, Costumer Financial, Federação Nacional do Comércio, Banco Central
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